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O Massacre da Serra Elétrica (1974): Salve-se quem puder

Não é pra todo mundo. Fato. Mas para qualquer fã de filmes de terror, O Massacre da Serra Elétrica original é quase como um obra de arte irretocável, sendo como um dos mais impactantes filmes de horror já feito na história da linguagem. Lançado em 1974 por Tobe Hooper ainda em início de carreira, a obra não apenas marcou a época como também serviu de ponto de partida para uma nova fase do horror no cinema, decolando em níveis além daqueles imaginados por Alfred Hitchcock e Roman Polanski . A história aqui, baseada na vida do psicopata real Ed Gein , o assassino cuja carnificina já havia ganhado as telas do cinema através do personagem de Norman Bates em Psicose , desenvolve um grupo perseguido incansavelmente por Leatherface, antagonista cuja máscara é um dos objetos mais reconhecíveis da história do cinema: você pode até não ter visto o filme, mas sabe que ele usa a pele de suas vítimas para esconder o seu rosto. O Massacre da Serra Elétrica:  Salve-se quem puder   CR
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Shaun, o Carneiro - O Filme - A Fazenda Contra-Ataca (2020)

Depois de uma estréia tímida na Europa e Estados Unidos, a Aardman, estúdio responsável por clássicos contemporâneos, como A Fuga das Galinhas e Wallace e Gromit: A Batalha dos Vegetais , se viu em uma situação de risco. Shaun, O Carneiro , apesar do sucesso de crítica em 2016, não tinha garantia que sustentasse o público do segundo filme, lançado no fim de 2019. Restou, então, engatar o filme nas estreias da Netflix, como aconteceu em março último. E não podia ser diferente: o filme tem o espírito do serviço de streaming. Com personagens infantis e história simples, a jornada dessa vez se concentra no grupo de carneiros do primeiro filme fazendo o possível e impossível para que um alien retorne ao seu lar. É como se fosse um episódio de TV. Não existe risco na trama, os personagens eventualmente se misturam em suas tramas paralelas e o fim não engata uma terceira parte, por mais provável que seja a sua possível existência.  Shaun, o Carneiro - O Filme - A Fazenda Contra-Ata

Coronavírus: pandemia cancela lançamento de filmes brasileiros

Com o crescimento exponencial dos casos de coronavírus pelo mundo, alguns países já estão começando a proibir programações que promovam grandes aglomerados de pessoas, como escolas, universidades, shows e salas de cinema. No Brasil, ainda não há nenhuma definição federal por parte do Ministério da Saúde, mas o país começa a se retrair por precaução aos poucos. No Rio de Janeiro, o governador Wilson Witzel decretou o fechamento de escolas, teatros e cinemas.  Coronavírus: pandemia cancela lançamento de filmes brasileiros Situação alarmante de infecção do COVID-19 declarada pela Organização Mundial da Saúde vem abalando o mercado do cinema Nesse cenário, algumas distribuidoras brasileiras estão optando por suspender seus lançamentos tanto por uma preocupação de saúde quanto de mercado. Nessa quinta-feira, 12, a Galeria Distribuidora anunciou a suspensão dos aguardados "A Menina que Matou os Pais" e "O Menino que Matou Meus Pais" , filmes duplos que con

Aves de Rapina: há vida pós-Esquadrão Suicida

Se podemos destacar algum ponto positivo da colcha de retalhos que foi o longa Esquadrão Suicida de David Ayer , foi sem dúvida a presença da louca, perigosa e carismática Arlequina ou Harley Quinn ( Margot Robbie ). A personagem virou um sucesso instantâneo com o público nerd e passou a ser um forte ícone da cultura pop. Aves de Rapina: há vida pós-Esquadrão Suicida Apesar do título, está claro que essa história é muito mais Arlequina que Aves de Rapina Margot Robbie se afeiçoou à Arlequina, e querendo vivê-la mais uma vez em tela tratou de unir forças para produzir um novo longa, porém com uma abordagem diferente para a personagem. Agora como protagonista, ela queria se desvencilhar da imagem de dependência doentia que tinha com o Coringa, e sua busca agora é por liberdade e, juntamente com um grupo de personagens femininos da DC Comics, criar um grande filme Girl Power. Assim nasceu Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa . A história começa quando A

Filmes querem lhe enganar, não esqueça disso

Este texto não bem uma crítica, mas uma ponderação sobre o cinema enquanto uma ferramenta de afirmação. Podemos supor que o que leva uma equipe a gastar quase 100 milhões de dólares para contar uma história é principalmente acreditar nela. Veja só, por que filmes de guerra são feitos? Além do deslumbre de se tornar consumível uma realidade tão distante do conforto de uma sala com ar-condicionado, há a emoção de se  converter emoções específicas. Sentado em seu ato solitário, o roteirista é capaz de imaginar as reações possíveis de diferentes plateias quando escreve um diálogo ou descreve a forma como um personagem se comporta. Opinião: Filmes querem lhe enganar, não esqueça disso "Ford vs Ferrari", de James Mangold, é essencialmente um filme de guerra. Mesmo. Digo isso porque Ford vs Ferrari , de James Mangold , é essencialmente um filme de guerra. Mesmo. Aqui é EUA contra Itália que disputam o ego de uma vitória milionária no universo da velocidade. Ainda no iníci

Novo filme de Rosemberg Cariry abrirá a 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes

D écimo segundo longa-metragem dirigido pelo cineasta cearense Rosemberg Cariry , “Os Escravos de Jó” será exibido, em première mundial, na abertura da 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes, no dia 24 de janeiro. Na ocasião, diretor e equipe se reúnem para celebrar o ator baiano Antônio Pitanga, que será homenageado pelo festival ao lado de sua filha Camila Pitanga. O drama é produzido por Bárbara Cariry e se passa na cidade histórica de Ouro Preto, em Minas Gerais.  Rosemberg Cariry: novo filme abrirá a 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes  Em “Os Escravos de Jó”, Rosemberg Cariry discute a construção identitária da juventude Na trama, Samuel é um jovem, filho de pais adotivos (desconhece suas origens), que estuda Cinema e conhece Yasmina, uma imigrante palestina. Os dois se apaixonam e precisam enfrentar as dificuldades que surgem por conta de suas histórias e perspectivas de vida. Samuel divide-se entre heranças conservadoras e visões libertárias, que lhe são repassadas por

Retrato de uma Jovem em Chamas: Ser livre é estar sozinha?

 por Lilian Oliveira , especial para o Quarto Ato  Com a premissa de pintar um retrato a partir da observação de alguém, o francês Retrato de uma Jovem em Chamas traz à tela a sensibilidade do olhar feminino. Escrito e dirigido por uma mulher, Céline Sciamma , faz uso de planos fechados para evidenciar as características físicas das personagens, os seus gestos e é aí onde está toda a poesia do filme. Durante as duas horas de narrativa, apenas poucos minutos contam com a presença de homens na tela e eles são sempre recursos secundários. É uma narrativa puramente feminina. A trama é vivida por quatro mulheres: a mãe ( Valeria Golino ) que encomenda o retrato, sua filha Héloïse ( Adèle Haenel ), a pintora Marianne ( Noémie Merlant ) e a criada Sophie ( Luàna Bajrami ). Retrato de uma Jovem em Chamas: Ser livre é estar sozinha? Identificação é o que tem de mais potente nessa obra Marianne observa atenta cada detalhe de Héloïse para desenhá-la e aprende como ela reage a sen